domingo, 29 de janeiro de 2012

Bilhete

Moenda

(Tim-Tim)


Ora! Permita: –

Eu também atravessei neblinas...
Também naveguei à deriva...
E se fui tolo (perdoa!)
É que a presteza ao leme
Não permitia devaneios...

(Perdoa!)

Mas, veja bem:
Dessa borra amarga, não engulo mais...

Não trago uma única gota sequer dos goles a que fui forçado...
Destilei-os, todos!, na moenda (traiçoeira e solitária) das madrugadas...

O que lhe trouxe?

...

(projeto frágil moldado em argila... a exigir calor).

E... para um brinde,
apenas o licor-de-vida, destilado no Carvalho desses anos todos

– de generosa maturação.

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